Arquitetos usam pallets como opção de habitação ecológica para refugiados
Postado em 06/02/2012 as 12: 51
Refugiados do clima levam uma vida difícil e para tentar oferecer algum conforto a essas pessoas, a empresa de arquitetura I-Beam, sediada em Nova York, criou uma habitação ecológica. O projeto foi feito a partir de pallets descartados.
Batizado de Casa Pallet, o abrigo de baixo custo foi erguido a partir de cem pallets descartados.
O abrigo mede pouco mais de 23 m2 e é bastante resistente. Esta é uma opção muito melhor do que as barracas, comuns em campos de refugiados, e a estrutura ainda oferece mais proteção.
A água pode ser impedida de penetrar na estrutura utilizando opções temporárias, como lonas e telha onduladas. Além disso, as pessoas também podem fazer bom uso de materiais disponíveis localmente, como palha, areia e madeira para preencher as cavidades da parede e solidificar o exterior. A unidade habitacional recuperada vai manter os refugiados protegidos contra todos os tipos de condições climáticas.
Estima-se que a cada ano, são descartados inadequadamente, em média, 21 milhões de pallets, somente na América do norte. Se os materiais fossem coletados, ao longo de um ano poderia abrigar até 84% dos refugiados no mundo, aproximadamente 33 milhões de pessoas, e ainda poupar o meio ambiente.
A proposta, depois do descarte, é que a primeira utilização dos pallets seja o transporte de alimentos, remédios e outras ajudas, mas assim que perder este uso, o material pode se transformar em moradia.
A casa é uma solução permanente e protótipos já foram erguidos em Indiana, Nova York e na Architectural Triennial, em Milão, para pessoas que perderam suas casas durante terremotos no Haiti e Paquistão. Esta opção de estrutura é resistente, fácil de montar e não precisa de ferramentas sofisticadas para pregar o módulo. A construção leva cerca de uma semana para ser montada por uma equipe de cinco pessoas.
Os pallets são facilmente disponíveis e baratos. A criação de moradias com este material será uma excelente opção para aqueles que perderam o conforto de suas casas em consequência de desastres naturais. O projeto é adaptável à maioria dos climas do planeta e fornece uma solução mais duradoura de habitação para algumas das 33 milhões de pessoas deslocadas e que gastam em média sete anos em campos de refugiados.
O projeto ganhou um prêmio de Arquitetura para a Humanidade em 1999 e desde então tem sido destaque em vários livros e revistas, incluindo o New York Times, Wall Street Journal, El País, La Republica, entre outros. Com informações do DesignBuzz.
Redação CicloVivo
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